quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Caracteristicas da Imaturidade Espiritual




A “criança em Cristo” tem características próprias: É pessoa que teve uma experiência de conversão, nasceu como filho de Deus, mas ainda não começou a desenvolver a sua capacidade e a assumir responsabilidades que são da sua competência, tendo, assim:

Necessidade de instrução

Nos termos de Gálatas 4.1-3: “Ora, digo que por todo tempo em que herdeiro é menino, em nada difere de um servo, ainda que seja senhor de tudo; mas está debaixo de tutores e curadores até o tempo determinado pelo Pai. Assim também nós, quando éramos meninos, estávamos reduzidos à servidão debaixo dos rudimentos do mundo”. Ainda crianças em Cristo, trazemos muita coisa lá de fora, coisas que nos acostumamos a ter e fazer na vida. E elas vão desaparecendo e nossa linguagem passa a ser outra. A revista Eclésia trouxe certa feita uma matéria sobre a linguagem do evangelho, chamada de “evangeliques”, o jargão usado pelos crentes. Na verdade, temos um vocabulário próprio. Chamamos muito as pessoas de “querido” e “querida”, já perceberam. La fora, essa coisa de homem chamando outro de querido, é coisa meio estranha. Na igreja, é diferente, pois o filho de Deus como é, somos irmãos um dos outros, pertencemos à mesma família amada do Pai. E nós nos amamos, “porque Ele nos amou primeiro” (1 Jo 4.19). A mencionada revista, trouxe uma matéria sobre este assunto em outra ocasião.É uma linguagem que vai se apoderando devagarzinho do modo de ser do novo crente, e começa a substituir os “rudimentos do mundo” de Gálatas .4.3, os padrões de linguagem mundanos pelos padrões de linguagem de sua nova fé.

Mas não isso o que faz a doutrina, e, sim, a palavra: o estudo da palavra, o andar na palavra e o viver na palavra. Quando iniciamos a vida de fé, somos tutelados como se fossemos criancinhas. Orientados, supervisionados porque ninguém supera a necessidade de instrução, de educação de aprender sempre coisas novas. A pior coisa que pode acontecer a alguém é estagnar e dizer “Não tenho coisa alguma a aprender!” Isso pode ser em qualquer canto. Em alguns cantos, as pessoas têm de viver constantemente se atualizando. O médico precisa fazer cursos, participar de congressos onde são apresentadas técnicas novas, pois a medicina está avançando em passos galopantes com novas vitórias. O mesmo com a psicanálise em que o profissional precisa ler bastante em sua área, jamais parar de ler, porque, no mínimo, haverá o relato de uma seção de terapia que trará esclarecimento.

É o mesmo com a palavra de Deus. Muitos pregam inúmeras vezes sobre João 3.16, ou sobre o Filho Pródigo, sobre a Ceia do Senhor e cada vez aprende coisas novas, porque esses relatos não se esgotam. No campo de música, um regente coral ou de orquestra não pode estagnar no tempo e nunca se atualizar participando de congressos, de simpósios, achando que não precisa mais destes conclaves e das atualizações que eles trazem. No mínimo, um repertório mais contemporâneo. Isto acontece com o professor, com o Pastor e outros profissionais. Mesmo com a dona de casa, quem sabe que quanto mais livros de culinária têm, melhor, não é mesmo?   
No entanto, são elementos de uma educação mais aprimorada a independência, a escolha de currículo e um anseio pessoal, o desejo de crescer “na graça e no conhecimento de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo” (2 Pe 3.18). Na vida e educação cristãs, o novo crente deve se envolver numa classe onde haja um estudo sério das escrituras. Há uma riqueza espiritual muito grande na experiência coletiva, solidária, podendo falar e ouvindo alguém falar e roçar experiências,alguém participar com um testemunho. É informação e formação também., porque Escritura Sagrada tem respostas para todas as situações da vida.
Ficar em casa para comungar com o televisor (mesmo que diga, “é programa evangélico!...”), duvido que o irmão ou irmã recebam um aperto de mão ou um abraço fraternal, ou um beijo santo da tela fria da TV.

Instabilidade da Fé
Deve-se considerar o problema da Instabilidade da Fé, ou na expressão de Paulo em Efésios 4.14: “para que não mais sejamos meninos, inconstantes, levados ao redor por todo vento de doutrina, pela fraudulência dos homens, pela astúcia tendente à maquinação de erro”. Três coisas são absolutamente essenciais à fé livre e pessoal: a Bíblia aberta, o coração aberto e a mente aberta. Faz-se necessária pesquisa, aliada à análise e comparação, não significando, porém, que o novo crente que constantemente muda de igreja ou de pregador é expressão visível do texto acima. Ele se vê facilmente perturbado, desapontado e frustrado; duvida de sua salvação e da sinceridade dos outros; tem reações baseadas na emoção mais do que nos fatos; sua fé instável e sua fidelidade abalada não merecem confiança.

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